No mundo que vivemos hoje, ter uma postura significativa na vida de alguém é importante, mesmo não havendo laços entre os grupos, as suas interações terão que ser sempre as mais importantes ao delegar uma tarefa. Esta postura de liderança melhora no entendimento e no rendimento das atividades a serem auxiliadas com mais clareza, de maneira motivadora nestas dificuldades. Também auxilia na superação da insegurança que pode acontecer com a sua presença.
É importante ter claro que o
processo dessa aprendizagem se coloca à frente do resultado final, pois é pertinente
acolher e valorizar o “durante”. Resultados acima da média são sempre o que
procuramos, entretanto, é preciso compreender por que às vezes as metas não são
atingidas como o esperado e para isto é importante sempre conversar com o
outro, ouvir e buscar meios para chegar a um resultado bom para ambos. Estas
conversas podem abrir um leque de perguntas e respostas, ajudando no plano
inicial, que é resgatar e ajudar os amigos, vizinhos ou irmãos nestes tempos difíceis.
O mais importante é ver no rosto
daquele a qual você se propôs a ajudar, um sorriso e um brilho nos olhos,
quando ele sabe que você se preocupa com o que ele sente e que suas palavras
serão ouvidas e de alguma maneira serão atendidas. Com tudo isso, é bem provável
que seu desempenho nos estudos ou em outra atividade dê um salto para alcançar
o melhor. A família tem um enorme papel na vida de seus filhos, pois são eles
que norteiam toda a construção emocional e cognitiva através do apoio e presença.
Quando você consegue a confiança daqueles a qual propôs ajudar, eles passam a
lhe ver como um porto seguro onde podem confiar, construindo laços significativos
e tornando-se um indivíduo mais compreensivo, humano e empático, se sentindo
mais à vontade para expor seus problemas e dificuldades.
Enxergar o mundo com outros olhos
é viver melhor em sociedade. Estratégias para ajudar aqueles que estão
necessitando surgem a toda hora, principalmente neste momento pandêmico onde
temos que descruzar os braços e começar a ter mais empatia pelo outro. Colocar nossa
inteligência emocional em prática, sabendo contornar as adversidades, se
colocando no lugar do outro para manejar as adversidades sempre da melhor
maneira possível, sem conflitos externos e principalmente internos, nos faz conquistar
melhores resultados. É necessário se conhecer, sabendo até onde podemos ir,
buscando uma posição de equilíbrio, sabedoria e resiliência.
Quando nos colocamos no lugar de
outra pessoa e sentimos o que estas pessoas sente em várias situações, estamos
praticando o bem. Isto representa que estamos dispostos a se permitir entrar em
conexão com uma sensação que não é nossa. Assim demonstramos que quando somos
sensíveis a uma pessoa próxima, um irmão ou um colega de fora da sua classe
escolar ou até mesmo social, de forma verdadeira, sem preconceito ou julgamentos,
estamos colocando a empatia em prática ao extremo. De forma humana, sensível e
verdadeira.
Também podemos verificar que
quando nos permitimos ajudar o outro e recebemos um feedback favorável fica
fácil tomar decisões adequadas e coerentes, na busca da recuperação de tudo que
se perdeu nestes últimos anos em que vivemos. Anos de assimilação ou
compreensão devido a fatores sociais extremos. Anos com isolamento social muito
forte, levando consequentemente ao distanciamento das crianças e jovens das
suas atividades escolares, não por opção, mas por necessidade, onde ainda sem
conhecimento real do prejuízo mental, físico, social e cognitivo. O ser humano
tem a belíssima capacidade de desenvolver soluções quando são necessárias e usá-las
com sabedoria, maturidade e humanidade.
Ao depararmos nos tempos de hoje
a vida cotidiana de qualquer ser humano, percebemos o quanto o memento
pandêmico nos deixou fragilizados. Ainda mais, quando paramos para pensar o
quanto precisamos uns dos outros para superarmos essas mudanças drásticas que
aconteceram. Não podemos pensar que a empatia é um sentimento piegas e que não
faz diferença na vida de ninguém. Pelo contrário, é neste momento que mais
estamos necessitando de empatia para nos tornarmos mais resilientes. A pandemia
deixou rastros de muita tristeza, insegurança, angústia e muitos outros
sentimentos que demoraremos anos ou até décadas para reestruturar o
psicossocial, emocional e cognitivo das crianças, adolescentes e adultos. É
através da empatia que podemos contar com nossos irmãos, vizinhos ou outra
pessoa que esteja disposta a enfrentar e a superar junto os desafios
existentes.
É importante a participação de
todos na vida desses adolescentes, tanto na vida escolar, como principalmente
na sua maturação, ajuda a fazer com que os jovens entendam quais são seus
desejos, crenças e valores. Faz com que eles comecem a trabalhar em grupos e
principalmente em sintonia com a natureza à sua volta. Quando somamos esforços
entre as partes, geramos um resultado melhor do que quando cada um trabalha
individualmente, aumentando muito consideravelmente o aprendizado. Quando lidamos
com pessoas, lidamos com as diversidades, pois encontramos a todo o momento
pessoas com idades, culturas, ideias, situação social e opiniões diferentes.
Isso não significa que uma ideia
seja melhor que a do outro: ao se colocar no lugar de cada um, analisamos como
ele chegou a determinado ponto, com isto, poderemos ter uma grata surpresa.
Comportando-se desta maneira, o docente tem uma melhor visão no sentido de combater
a tendência de pensar em todas as decisões a serem acertadas.
Parece simples tratar deste
assunto, mas não é. Esta busca por equidade só será alcançada em parceria com
todos os envolvidos. Se não praticarmos a empatia e desempenharmos esse desafio
com todos, dificilmente conseguiremos nos estruturar e desempenhar com sucesso
a educação formal. Cria-se um efeito cascata, prejudicando seu desempenho e
escolha profissional. Os caminhos nos levam a uma contextualização de desigualdades
educacionais ainda maiores.
Voltemos aos anos 2020 e 2021. O
afastamento social atinge a todos. Crianças, adolescentes e adultos perderam
parte de tudo na sua vida. Escola, esporte, trabalho, vida social, etc. Quão sensível
uma criança que passou por isto não ficou? Hoje parece normal tratar disso, mas
não é. Isso porque quando cada um de nós volta às nossas funções, enfrentamos situações
difíceis. Todos serão cobrados exaustivamente, sempre procurando um melhor desempenho
do outro e não se importando com o que ocorreu. É nessa hora que ter empatia
significa adequar-se à demanda de cada uma das pessoas que estão à procura de
um apoio.
José Henrique Soares Ferreira
Graduado em Matemática (UNIPAC), especializações em Matemática e Estatística (UFLA), em Física (UFV) e Mestre em Educação com especialização em Gestão Escolar (FUNIBER)
Texto publicado no Livro: “Ensinar é uma Paixão” – editora Hellograf (2022)
Nenhum comentário:
Postar um comentário