29 de agosto de 2024

A IMPORTÂNCIA DE UM COLEGA AJUDAR O OUTRO, MESMO ESTE SENDO UM IRMÃO MAIS VELHO OU VIZINHO QUE ENTENDA DA TEMÁTICA NESTE PERÍODO DE “RESGATE”

No mundo que vivemos hoje, ter uma postura significativa na vida de alguém é importante, mesmo não havendo laços entre os grupos, as suas interações terão que ser sempre as mais importantes ao delegar uma tarefa. Esta postura de liderança melhora no entendimento e no rendimento das atividades a serem auxiliadas com mais clareza, de maneira motivadora nestas dificuldades. Também auxilia na superação da insegurança que pode acontecer com a sua presença.

É importante ter claro que o processo dessa aprendizagem se coloca à frente do resultado final, pois é pertinente acolher e valorizar o “durante”. Resultados acima da média são sempre o que procuramos, entretanto, é preciso compreender por que às vezes as metas não são atingidas como o esperado e para isto é importante sempre conversar com o outro, ouvir e buscar meios para chegar a um resultado bom para ambos. Estas conversas podem abrir um leque de perguntas e respostas, ajudando no plano inicial, que é resgatar e ajudar os amigos, vizinhos ou irmãos nestes tempos difíceis.

O mais importante é ver no rosto daquele a qual você se propôs a ajudar, um sorriso e um brilho nos olhos, quando ele sabe que você se preocupa com o que ele sente e que suas palavras serão ouvidas e de alguma maneira serão atendidas. Com tudo isso, é bem provável que seu desempenho nos estudos ou em outra atividade dê um salto para alcançar o melhor. A família tem um enorme papel na vida de seus filhos, pois são eles que norteiam toda a construção emocional e cognitiva através do apoio e presença. Quando você consegue a confiança daqueles a qual propôs ajudar, eles passam a lhe ver como um porto seguro onde podem confiar, construindo laços significativos e tornando-se um indivíduo mais compreensivo, humano e empático, se sentindo mais à vontade para expor seus problemas e dificuldades.

Enxergar o mundo com outros olhos é viver melhor em sociedade. Estratégias para ajudar aqueles que estão necessitando surgem a toda hora, principalmente neste momento pandêmico onde temos que descruzar os braços e começar a ter mais empatia pelo outro. Colocar nossa inteligência emocional em prática, sabendo contornar as adversidades, se colocando no lugar do outro para manejar as adversidades sempre da melhor maneira possível, sem conflitos externos e principalmente internos, nos faz conquistar melhores resultados. É necessário se conhecer, sabendo até onde podemos ir, buscando uma posição de equilíbrio, sabedoria e resiliência.

Quando nos colocamos no lugar de outra pessoa e sentimos o que estas pessoas sente em várias situações, estamos praticando o bem. Isto representa que estamos dispostos a se permitir entrar em conexão com uma sensação que não é nossa. Assim demonstramos que quando somos sensíveis a uma pessoa próxima, um irmão ou um colega de fora da sua classe escolar ou até mesmo social, de forma verdadeira, sem preconceito ou julgamentos, estamos colocando a empatia em prática ao extremo. De forma humana, sensível e verdadeira.

Também podemos verificar que quando nos permitimos ajudar o outro e recebemos um feedback favorável fica fácil tomar decisões adequadas e coerentes, na busca da recuperação de tudo que se perdeu nestes últimos anos em que vivemos. Anos de assimilação ou compreensão devido a fatores sociais extremos. Anos com isolamento social muito forte, levando consequentemente ao distanciamento das crianças e jovens das suas atividades escolares, não por opção, mas por necessidade, onde ainda sem conhecimento real do prejuízo mental, físico, social e cognitivo. O ser humano tem a belíssima capacidade de desenvolver soluções quando são necessárias e usá-las com sabedoria, maturidade e humanidade.

Ao depararmos nos tempos de hoje a vida cotidiana de qualquer ser humano, percebemos o quanto o memento pandêmico nos deixou fragilizados. Ainda mais, quando paramos para pensar o quanto precisamos uns dos outros para superarmos essas mudanças drásticas que aconteceram. Não podemos pensar que a empatia é um sentimento piegas e que não faz diferença na vida de ninguém. Pelo contrário, é neste momento que mais estamos necessitando de empatia para nos tornarmos mais resilientes. A pandemia deixou rastros de muita tristeza, insegurança, angústia e muitos outros sentimentos que demoraremos anos ou até décadas para reestruturar o psicossocial, emocional e cognitivo das crianças, adolescentes e adultos. É através da empatia que podemos contar com nossos irmãos, vizinhos ou outra pessoa que esteja disposta a enfrentar e a superar junto os desafios existentes.

É importante a participação de todos na vida desses adolescentes, tanto na vida escolar, como principalmente na sua maturação, ajuda a fazer com que os jovens entendam quais são seus desejos, crenças e valores. Faz com que eles comecem a trabalhar em grupos e principalmente em sintonia com a natureza à sua volta. Quando somamos esforços entre as partes, geramos um resultado melhor do que quando cada um trabalha individualmente, aumentando muito consideravelmente o aprendizado. Quando lidamos com pessoas, lidamos com as diversidades, pois encontramos a todo o momento pessoas com idades, culturas, ideias, situação social e opiniões diferentes.

Isso não significa que uma ideia seja melhor que a do outro: ao se colocar no lugar de cada um, analisamos como ele chegou a determinado ponto, com isto, poderemos ter uma grata surpresa. Comportando-se desta maneira, o docente tem uma melhor visão no sentido de combater a tendência de pensar em todas as decisões a serem acertadas.

Parece simples tratar deste assunto, mas não é. Esta busca por equidade só será alcançada em parceria com todos os envolvidos. Se não praticarmos a empatia e desempenharmos esse desafio com todos, dificilmente conseguiremos nos estruturar e desempenhar com sucesso a educação formal. Cria-se um efeito cascata, prejudicando seu desempenho e escolha profissional. Os caminhos nos levam a uma contextualização de desigualdades educacionais ainda maiores.

Voltemos aos anos 2020 e 2021. O afastamento social atinge a todos. Crianças, adolescentes e adultos perderam parte de tudo na sua vida. Escola, esporte, trabalho, vida social, etc. Quão sensível uma criança que passou por isto não ficou? Hoje parece normal tratar disso, mas não é. Isso porque quando cada um de nós volta às nossas funções, enfrentamos situações difíceis. Todos serão cobrados exaustivamente, sempre procurando um melhor desempenho do outro e não se importando com o que ocorreu. É nessa hora que ter empatia significa adequar-se à demanda de cada uma das pessoas que estão à procura de um apoio.

E você, já superou seus medos e traumas a ponto de ser imponderado e não precisar de ninguém? A empatia nos aproxima do papel onde todos podem colaborar e desempenhar nos próximos anos a busca de novos formatos de acesso igualitário a todos na educação.




José Henrique Soares Ferreira

Graduado em Matemática (UNIPAC), especializações em Matemática e Estatística (UFLA), em Física (UFV) e Mestre em Educação com especialização em Gestão Escolar (FUNIBER)

Texto publicado no Livro: “Ensinar é uma Paixão” – editora Hellograf (2022)






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