2 de março de 2024

Deficiência Intelectual: Dos direitos à realidade

 

Educação Inclusiva nas escolas

A Inclusão rompe paradigmas que sustentam o conservadorismo das escolas, contestando os sistemas educacionais em seus fundamentos. Iniciando um novo ciclo de identidades e modelos ideais, sendo seleta em sua organização, inserido no perfil excludentes, até então classificando, formando conjuntos, escolhendo atributos não percebidos no âmbito escolar. Os sistemas educacionais, embora resistem a essa mudança, perdem força diante dos princípios educacionais onde passa a ser entendida que as identidades são transitórias, instáveis, inacabadas e não podemos fixar categorias e grupos. A educação inclusiva concebe a escola como um espaço de todos, onde os estudantes constroem o conhecimento segundo suas capacidades. Expressam livres ideais e se desenvolvem como cidadãos. Portanto, pensar que os estudantes devem ser inseridos sem quaisquer condições ou limitação de direitos é completamente errôneo, pelo contrário, deve ser garantido a diferença e compreender como natural a heterogeneidade. É importante mencionar que a BNCC faz referência a educação necessária para as pessoas com deficiência, apenas uma vez, em sua introdução, ao mencionar a Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que se caracteriza no Estatuto da Pessoa com Deficiência, que tem por base a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que foi assinada em Nova Iorque, em 30 de março de 2007, da qual o Brasil é signatário, e que se estabelece o compromisso de os Estados-Parte garantam às pessoas com deficiência um sistema educacional inclusivo em todas as etapas e modalidades da educação. E para atender a esse compromisso, o Brasil publicou o Decreto Legislativo nº 186, de 09 de julho de 2008 e o Decreto Executivo nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, que passou a ter status de norma. A escola comum se torna inclusiva quando reconhece as diferenças dos estudantes diante do processo educativo e procura adotar práticas pedagógicas que contemplem todos os estudantes.  Não é fácil e imediata a aceitação de novas práticas, pois depende de mudanças que vão além da escola e da sala de aula. Para que haja uma mudança é necessário atualizar-se e desenvolver novos conceitos, novas práticas compatíveis com a Inclusão. Um ensino para todos os estudantes não se faz isoladamente, é um desafio no qual deve ser assumida por todos os envolvidos. Uma educação de qualidade provém de uma equipe educacional como professores, gestores, especialistas, pais e estudantes e os demais profissionais que acompanham esse estudante.

Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de todos – crianças, adolescentes, jovens e adultos – com respeito e, com atenção adequada, de estudantes com deficiência (BRASIL, 2009, p. 17).

Por isso, é preciso pensar em uma educação que cuida, acolhe e que busca incluir a todos, compreendendo a existência de um paradigma na concepção dos direitos humanos, que envolve a igualdade e as diferenças como valores indissociáveis, o que se relaciona com a ideia de equidade.

Mudanças: PPP (Projeto Político Pedagógico), Autonomia e Gestão democrática

De acordo com as Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, publicada pela Secretaria de Educação Especial SEE/MEC, em abril de 2009, o PPP da escola deve contemplar o AEE como uma das dimensões da escola das diferenças. Para atender a todos, a escola atual precisou mudar frente às novas perspectivas em relação a uma educação inclusiva. Um conjunto de normas, leis e regras, diretrizes, orientações e metodologias, vindas de diversas instâncias burocráticas-legais do sistema educacional, constitui um alicerce pedagógico e administrativo. Como garantir o direito à diferença nas escolas que ainda entendem que as diferenças estão apenas em alguns alunos? Nesse sentido, é preciso planejar, organizar, executar e acompanhar os objetivos, metas e ações traçadas, em articulação com as demais propostas comuns. Os alvos devem incidir diretamente nas práticas de ensino que as escolas adotam, onde só aumentam a exclusão. Encaminhar os estudantes a salas especializadas, escolas especiais, adaptação de currículos, ensino diferenciado, são medidas nas quais devemos ter muito cuidado, pois às vezes são medidas que não alinham o propósito de uma escola para todos. A comprovação que a escola é dinâmica é o PPP, não como mero documento, mas como registro de significados a serem apresentados ao processo de ensino e de aprendizagem. A exigência legal do PPP está expressa na LDB 9394/96 que, em seu artigo 12 define, entre outras atribuições de uma escola, a tarefa de “[...] elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando claro que ela precisa fundamentalmente saber o que colocar em execução esses querer, não ficando apenas nas promessas ou nas intenções colocadas no papel. Essas intenções colocadas no PPP, confere status político, pois representa a escolha de prioridades de cidadania em função de demandas sociais. O status pedagógico se refere à organização e sistematização das ações educativas alinhadas às prioridades. Portanto, todos devem contribuir para a elaboração do PPP, garantindo o acesso à permanência dos estudantes e da inclusão, além do ensino de qualidade e da consideração das diferenças dos estudantes em sala de aula. Assim, a proposta passa a ser construída e administrada com transparência e numa gestão democrática.  Mesmo que a escola não seja independente de seu sistema de ensino, ela pode articular e interagir com autonomia, tomando decisões sobre as particularidades de sua unidade e comunidade escolar. Ainda que tenhamos uma Constituição Federal, estatutos, legislações, políticas educacionais e decretos que propõem melhorias nos espaços escolares, novas alternativas para melhoria do ensino servem para compreender que ainda temos muito para caminhar. Para ter um salto, a escola dos diferentes para a escola das diferenças demanda conhecimento, determinação e decisão. Ao elaborar o PPP, essas mudanças e decisões devem ser tomadas, e estão ligadas diretamente a inclusão, fazer da aprendizagem o eixo das escolas, garantindo tempo necessário para que todos possam aprender; abrir espaço para que a cooperação, o diálogo, a solidariedade, criatividade e o espírito crítico sejam praticados por seus professores, gestores, funcionários e estudantes, pois são habilidades mínimas para o exercício da cidadania; valorizar e formar continuamente o professor, para que ele possa atualizar-se e propiciar um ensino de qualidade. O PPP define os fundamentos da estrutura escolar e deve ser coerente com os propósitos de uma educação que acolha as diferenças.

AEE – Atendimento Educacional Especializado nas escolas

A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva (2008) é o AEE - Atendimento Educacional Especializado, um serviço da educação especial que “[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008).

O AEE complementa e/ou suplementa a formação do estudante, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. Por ser de preferência nas unidades escolares com a denominação de Sala de Recurso Multifuncional, ele é parte do PPP da escola. O público-alvo que devem ser atendidos na Sala de Recurso Multifuncional, são os estudantes especiais que estiverem dentro da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e no Decreto Nº 6.571/2008, os estudantes com deficiência de natureza física, mental, intelectual e sensorial. Estudantes com transtornos globais do Desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Um dos principais motivos do AEE ser realizado na própria escola do estudante está na possibilidade de que suas necessidades especiais educacionais específicas possam ser atendidas e discutidas no dia a dia escolar e com todos que atuam na Unidade Escolar, aproximando o estudante dos ambientes de formação comum. 

 

Organização do AEE

 

O decreto Nº 6.571/2008, que dispõe sobre o Atendimento Educacional Especializado, destina recursos do FUNDEB ao AEE de alunos perfis desse atendimento, matriculados na rede pública de ensino regular, destinando investimento na formação continuada para professores, na acessibilidade do espaço físico e do mobiliário escolar, na aquisição de novos recursos de tecnologia assistiva, entre outras ações previstas na manutenção e desenvolvimento do ensino para a organização e oferta do AEE, nas Salas de Recurso Multifuncionais. A organização do Atendimento considera as peculiaridades de cada estudante, para que possa planejar voltado a necessidade específica do estudante, independentemente de sua deficiência. A participação da família é fundamental para traçar os objetivos, para compreender as necessidades do estudante, por tanto a ficha de anamnese é um dos recursos básicos de aproximação da escola e família. (segue link com elaboração própria da ficha de Anamnese).

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1sn2ngqE6Wsfxhs8JhxwVAhpGB1WkBT1y-YbY1OHZZo0/edit#gid=0

Também fica a critério do professor o atendimento, podendo ser em pequenos grupos ou individual, as escolhas quanto aos recursos, equipamentos, apoios mais adequados para que possa eliminar barreiras que impeçam que o estudante avance. Cabe ao professor acompanhar a trajetória acadêmica de seus estudantes estimulando a autonomia e seu desenvolvimento dentro de suas deficiências. Também é de suas atribuições:

a) Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos de forma a construir um plano de atuação para eliminá-las (MEC/SEESP,2009).

b) Reconhecer as Necessidades e habilidades do estudante.

c) Produzir materiais tais como textos escritos, materiais didáticos-pedagógicos adequados, textos ampliados, gravados e outros.

d) Elaborar e executar o plano do AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos educacionais e de acessibilidade (MEC/SEESP,2009).

e) Organizar o tipo e o número de atendimento (MEC/SEESP,2009).

f) Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum regular, bem como em outros ambientes da escola (MEC/SEESP,2009).

g) Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da Informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, soroban, os recursos ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e mobilidade (MEC/SEESP,2009).

h) Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços de saúde, assistência social e outros (MEC/SEESP,2009).

O desenvolvimento dos processos de ensino aprendizagem apresenta muito mais resultados quando a família é parceira, assim como as parcerias intersetoriais e a comunidade escolar. No caso das parcerias intersetoriais são ações desenvolvidas entre a escola e as Secretarias de Educação e Saúde entre outros órgãos e demais segmentos sociais.

 Estudantes DI – Deficiência Intelectual

A deficiência Intelectual tinha como nomenclatura deficiência mental, após a Convenção Internacional de Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência em 2006, passou a ser denominado deficiência intelectual.

MAPA CONCEITUAL





ELABORAÇÃO: PRÓPRIA (2022)

 

MAPA CONCEITUAL

ELABORAÇÃO: PRÓPRIA (2022)

Apesar das pesquisas realizadas por cientistas do mundo todo, a explicação mais clara da DI é proveniente de causas genéticas causando prejuízo nas funções cognitivas. As principais causas da deficiência intelectual são de:

        Origem genética: podendo ser causado por uso excessivo de álcool pelas mães ou algum tipo de anomalia nos cromossomos (trissomia 21, trissomia 18, síndrome Klinefelder).

        Origem metabólica: tendo alterações endócrinas ou a incapacidade de produzir determinadas proteínas ou enzimas.

        Doenças cerebrais graves: o aparecimento de tumores na região cerebral ou desordens degenerativas.

        Desordens psíquicas: que vem de certos casos de autismo e esquizofrenia.

        Fatores pré-natais: infecções e intoxicações, desnutrição materna, alcoolismo, uso de drogas e cigarros, efeitos de medicamentos proibidos para gestantes e poluição ambiental.

        Fatores perinatais: (do nascimento a 1 mês de vida do bebê), falta de assistência ou traumas no parto, prematuridade, baixo peso, incompatibilidade do fator RH, falta de cuidados básicos com o bebê, hipóxia, anoxia, icterícia grave.

        Fatores pós-natais: (após 1º mês de vida) traumatismo craniano, desnutrição, desidratação grave, intoxicações, infecções pela solitária.

        Fatores ambientais: ausência de estimulação nos aspectos do funcionamento adaptativo, como a capacidade de se comunicar, de se auto cuidar, habilidades sociais, entre outros.

        Dentre várias características do estudante com deficiência intelectual há 4 áreas que apresentam diferenças entre si: área motora, área cognitiva, área da comunicação e a área socioeducacional. Não existe receita pronta, mas devemos ter em mente que cada estudante é um e que suas potencialidades, necessidades e conhecimentos ou experiências prévias devem ser levados em consideração.

 

Histórico de desenvolvimento

O histórico apresentado a seguir foi preservado os nomes da aluna e de sua mãe, pois fazem parte do contexto real sendo aplicado em uma Escola Pública.

Parte da proposta da anamnese é de conhecimento e estudo do caso da estudante Lelê de 15 anos, do 9ª ano da Escola Municipal de Joinville/SC, tendo como dados iniciais a entrevista com a família, especificamente a mãe.

  • Gestação e parto: A mesma relata que durante a gestação realizou todos os pré-natais, e o nascimento de parto normal, sem nenhum problema que fosse considerado suspeito.
  • Desenvolvimento Neuropsicomotor: Seu desenvolvimento demonstrou mais cuidado com o passar do tempo, pois a estudante nasceu de 9 meses e com uma perna menor que a outra, mas segundo a mãe, a fala do médico que acompanhou disse que com o tempo e com estímulos a diferença se tornaria imperceptível. Seu desenvolvimento motor seguiu normalmente, andando com 1 ano e 2 meses, porém suas primeiras falas, como mamãe, papai e vovó foi mais tardio que o normal, assim como a retirada da fralda. O controle de seus esfíncteres se deu a partir dos 4 anos, fase que a mãe colocou no jardim e onde houve um avanço nos estímulos que a aluna necessitava. Devido à dificuldade de desenvolver a fala, a família foi acompanhada na Unidade Básica de Saúde, que orientou levar a especialistas para estimular todo o processo cognitivo.  
  • Histórico Clínico e Antecessores familiares: Com o desenvolvimento apresentando alguns atrasos e na investigação dos especialistas a mãe começou a levar em fonoaudiólogo, Terapeuta ocupacional para contribuir nos estímulos necessários ao desenvolvimento. A própria mãe também relata que também apresentava alguns atrasos parecidos com o da filha, principalmente ao ser questionada se havia casos na família que apresentavam a mesma deficiência. Entretanto, nunca foi investigada ou passou por triagens específicas para se ter comprovação no que se refere.
  • Escolarização: Atualmente a estudante está matriculada no 9ª ano do ensino fundamental, em Escola Municipal e durante o processo de escolarização a estudante é acompanhada por especialistas como fisioterapia, fonoaudiologia, neurologia, terapia ocupacional, psicólogo e psiquiatra. Neste momento não faz uso de medicação tomando apenas Melissa, indicada pelo neurologista para acalmar e tratar a ansiedade. O desenvolvimento da estudante neste período de escolarização foi de muitas oscilações pedagógicas, apresentando baixa retenção de aprendizagens, sendo trabalhado constantemente a estimulação cognitiva.
  • Socialização, comportamentos e humor: A estudante apresenta oscilações de humor, tendo momentos que demonstra gostar muito de frequentar a escola, fazendo as atividades que correspondem a seus objetivos, recebendo materiais adaptados, desenvolvido pelos professores e adequadamente acompanhado pela auxiliar, orientando e estimulando na compreensão da proposta. Assim como, relatos da mãe que às vezes chora e nega vir, sendo necessário ser mais firme e não ceder às negações da filha. A estudante sempre foi muito bem aceita e acolhida pela turma a qual estuda desde o primeiro ano, sendo envolvida em trabalhos que exigem apresentações orais e dinâmicas sem restrições ou indiferenças.
  • Observação Comportamental: Na escola, tem demonstrado sempre feliz, não interagindo com ninguém, mas caminha em volta da escola observando as pessoas, sorri com pássaros, outros estudantes passam e falam com ela, dando bom dia, e ela responde sempre com sorriso no rosto. Em sala, com a auxiliar ouve com atenção os comandos que são dados, entretanto, às vezes demonstra não querer fazer as atividades. Consegue expressar o que deseja, com palavras soltas, porém compreensivas.
  • Observação no Contexto escolar: Sua memória é de curto prazo, não conseguindo reter muitas informações, portanto além dos especialistas que a acompanham a estudante frequenta a Sala de Recurso Multifuncional com o objetivo de desenvolver e estimular questões da memória/ aprendizagem, linguagens e habilidades acadêmicas.

Nota-se abaixo uma ideia do que as professoras que auxiliam dentro de sala e da Sala de Recurso Multifuncional realizam para desenvolver as habilidades comprometidas pela deficiência.

Atividades Propostas partindo de suas dificuldades. Área da linguagem escrita. Fazer a junção das letras para formar sílabas, não consegue realizar a leitura, tem esquecido algumas letras, precisa, em alguns momentos de auxílio (olhar no alfabeto qual a letra). Material de apoio utilizado: Tablet com jogos de alfabetização, figuras, jogos de mesa com letras escritas de palavras para associação de ideias. Na área da matemática: Reconhece números até 10, antes conhecia até o 50, para fazer a relação de número com quantidade às vezes precisa que conte junto com ela. Para lembrar qual é o número é necessário mostrar no dedo, por exemplo 4 - mostra 4 dedos ela escreve o número correto, se não mostrar nos dedos quanto é o quatro ela não sabe qual escrever. Material de apoio utilizado: Material dourado, tablet, tampinhas, figuras, jogos de mesa. Área motora: Apresenta resistência em realizar atividades que trabalhem a coordenação motora ampla, exemplo: pular corda, arremesso, prática geral no esporte. Na coordenação motora fina, exemplo: alinhavo. Material de Apoio: Painel psicomotor, jogo de encaixe, labirinto (jogo de mesa). Área da Comunicação: Dificuldade na fala, pouca comunicação com os demais, porém consegue demonstrar na maioria das vezes o que quer. Material de apoio: Jogos no tablet ou computador que falam e pedem para ser repetidos. Responsáveis pelas atividades executadas partindo das dificuldades da aluna são as professoras de sala, com ajuda da auxiliar monitora e no contraturno professora do AEE.

MAPA CONCEITUAL

 

 

 

 

 

 

 

 

 


ELABORAÇÃO: PRÓPRIA (2022)

Contexto em análise educacional

Para melhor conhecimento e detalhamento da perspectiva educacional e desenvolvimento na prática do acolhimento e atendimento a estudantes com deficiência intelectual, foram realizadas pesquisas em quatro Estados diferentes do Brasil para confrontar o trabalho que é realizado com esses estudantes. O objetivo deste material estará vinculado aos seus atendimentos realizados de maneira adequada e se a escola está preparada para atender o que está garantido em lei. Assim como a prioridade de todo amparo aos profissionais que neles fazem parte. As pesquisas foram direcionadas para as professoras do AEE e para as professoras que acompanham em sala de aula os estudantes. No conjunto das devolutivas apresentadas dentro da pesquisa, percebe-se que há pequenas discrepâncias de como se organizam em seus estados. Cabe destacar que nem todas as escolas têm a Sala de Recurso Multifuncional, professores para trabalhar e salas equipadas adequadamente para os atendimentos. Percebe-se que dentro de cada Estado e vínculo empregatício, existe mudança na nomenclatura a ser usada para professores que auxiliam os estudantes dentro de sala de aula, formação necessária, assim como suas responsabilidades frente a rotina da escola, e atendimento específico a este estudante. Nota-se, de forma geral que as escolas ainda não estão preparadas e adaptadas para atender o estudante especial, necessitando de mais engajamento das famílias, em aceitar e lutar por direitos adquiridos, exigindo melhor qualidade; escolas com equipe pedagógica (professores e equipe diretiva) voltados a inserir o estudante com deficiência, oferecendo um ensino de qualidade e União, Estados e Municípios, proporcionando formação a todos, implantando Salas de Recursos Multifuncionais em todas as escolas,  dotado de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento. Abaixo, é possível identificar que cada escola tem uma história em seu contexto de prática e relações. Por isso, é importante pensar sobre a sala de recursos em um lugar que tem suas próprias leis e cultura estabelecidas, porém muitas escolas esbarram na falta de estruturação e do olhar de todos para tal compreensão. Por conta da autonomia dos estados e municípios que a própria formação dos profissionais que auxiliam o estudante dentro de sala de aula difere, ficando muitas vezes relacionados a meros cuidadores, sem ter uma relação pedagógica. É possível observar nos gráficos em anexo, alguns resultados da pesquisa elaborada em quatro estados, sendo possível verificar na íntegra o material acessando os links para professora do Atendimento Educacional Especializado: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1WpbHr1bmmwcn9FeyQuJXx5ve0x4kwoU5knO_TxcwUgE/edit#gid=1606700019  e auxiliar de sala de aula do estudante: https://docs.google.com/spreadsheets/d/1dqp8y6lL2yOg2cs57HUCp8se9ee1EW0bIAdn5ZE7xWA/edit#gid=740914009

Conclusão

O estudo apresentado partiu da ideia de desenvolver um material que fosse o mais realista possível em relação ao conhecimento e a prática da educação inclusiva com deficientes intelectuais. Para tanto, foi elaborado duas pesquisas que buscassem dados mais fidedignos em relação a comparar o que temos em lei com que se vivencia nas escolas, onde nos proporcionou repensar o quanto ainda precisamos caminhar para uma educação para todos. Quanto à exclusão social é rasteiro, e camuflado, embora proporcione pequenos avanços no segmento do ensino fundamental. Uma escola inclusiva se faz com ações, com trabalhos que permitam aos estudantes estarem realmente vivenciando e reelaborando a sua aprendizagem, pois, todos os sujeitos do universo escolar precisam participar ativamente desse processo inclusivo. Entretanto, não é o que acontece em alguns lugares do país, percebemos que através das pesquisas realizadas pela equipe de trabalho que salas apropriadas e com recursos destinados à educação inclusiva, ainda é um sonho, que determinados lugares precisam sair do papel e tornar realidade. 

ANEXO 1 - PESQUISA PARA PROFESSORES DE AEE

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: COM QUE FREQUÊNCIA VOCÊ REALIZA RECICLAGEM . Número de respostas: 6 respostas.

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: QUAIS RECURSOS E ESTRATÉGIAS SÃO UTILIZADOS COM ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL - DI. Número de respostas: 7 respostas.

Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: QUAIS PARCERIAS VOCÊ ATINGE. Número de respostas: 7 respostas.Gráfico de respostas do Formulários Google. Título da pergunta: QUAIS PROFISSIONAIS DA ESCOLA RECEBEM ORIENTAÇÕES. Número de respostas: 7 respostas.

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1WpbHr1bmmwcn9FeyQuJXx5ve0x4kwoU5knO_TxcwUgE/edit#gid=1606700019

 

ANEXO 2 - PESQUISA PARA AUXILIAR DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA

Minas Gerais

Professor de apoio

Superior

1

Santa Catarina

Auxiliar monitora

Magistério

6

São Paulo

Auxiliar apoio

Superior

1

Maranhão

Tutor

Ensino médio

2

 

 

 

 

 

https://docs.google.com/spreadsheets/d/1dqp8y6lL2yOg2cs57HUCp8se9ee1EW0bIAdn5ZE7xWA/edit#gid=740914009

 

ANEXO 3 - MATERIAL DIDÁTICO UTILIZADO

       

                    

Finalmente encontramos vida no universo?

As recentes análises do telescópio James Webb sobre o exoplaneta K2-18b trouxeram uma notícia empolgante para a comunidade científica global...