29 de dezembro de 2023

TEORIAS E PRÁTICAS UM NOVO OLHAR PARA A EDUCAÇÃO


Os objetivos da ação formativa

A proposta ressaltada no trabalho é pertinente ao contexto da formação de professores com o formato de oficinas onde a necessidade da reestruturação que ainda privilegiam visões tradicionais na formação acadêmica possa ser percebida que estão ultrapassadas. Ao longo das últimas décadas a qualificação na formação de professores universitários têm assumido novas práticas e estratégias de ensino voltado a professores críticos e reflexivos a suas práticas educacionais. Com a nova Lei de Diretrizes e Base da Educação (9394/96) e a necessidade de repensar seus modelos de formação de professores e “assumir o desafio e o compromisso de formar de maneira diferenciada, profissionais da educação capazes de atuar como agentes de mudança da educação básica no Brasil”. (Pereira-Diniz; Amaral, Fernanda. 2010 p. 536). A complexidade da situação demanda repensar a formação docente em sua multidimensionalidade. Para isso, as mudanças não podiam ser superficiais e sim, um conjunto de intervenções que vem sendo desenvolvido nos cursos de Licenciatura

Na sociedade contemporânea os questionamentos quanto a fragmentação formativa, o método ultrapassado, a falta de inserção do uso da tecnologia atentam para o quanto é necessário um redirecionamento para a formação de professores universitários críticos e reflexivos para o processo de aprendizagem. Desse modo as mudanças na formação do docente têm o compromisso de adequar-se aos novos tempos. Sobretudo, assumir novas práticas e estratégias de ensino que ultrapasse conceitos estruturais e desenvolva as potencialidades e práticas docentes.

No atual contexto de mudanças/reformulações apresentamos uma breve reflexão sobre a contextualização na formação superior e as possibilidades formativas metodológicas das oficinas pedagógicas em âmbito teórico escolhido como recorte a serem compartilhados. As informações estão à posição de todos, porém se queremos uma educação com qualidade e competência no ensino básico é preciso formar futuros professores com melhores condições e com estruturas dinâmicas que potencializam o melhor de seus futuros educandos. Consideramos a oficina um espaço amplo de reflexão, entendimento da realidade educacional e pesquisa.

Segundo Cosme (2009) “A prática dos professores tende a ser determinada pelos saberes construídos noutros espaços, os quais deste modo, são importados para o contexto de sala de aula”. Os cursos de licenciaturas devem rever os conceitos ultrapassados e valorizar uma formação flexível e dinâmica, onde ultrapasse conceitos estruturais e desenvolva as potencialidades e práticas docentes.

 

O modelo de formação do professorado

Estar atento aos saberes pedagógicos é um dos mais complexos desafios para melhoria da educação no nosso país, analisando as políticas sociais relacionadas a essa área. Entretanto, se faz necessário que se realize esse processo, para que possamos almejar no futuro uma sociedade crítica, capaz de enxergar as desigualdades sociais que se vive, e que ao mesmo tempo seja competente para tomar as decisões corretas, no sentido de diminuir essa diferença, e com isso crescermos como nação. Esse desafio é imenso, pois envolve uma série de fatores que devem ser considerados: o conhecimento já existente, o trabalho coletivo e a sociedade atual em que vivemos com o advento das novas tecnologias. Citando Castells (1999):

 

É preciso praticar a personalização dos caminhos para o melhor aprendizado de cada um. Conhecer o ritmo, a velocidade e o estilo pessoal de aprendizagem, para que cada indivíduo tenha o interesse e a capacidade para lidar com as informações e inovações que chegam o tempo todo.

 

Esse processo de formação continuada através de oficinas, visa atingir as necessidades e anseios da sociedade atual, reconhecendo seus valores, suas teorias e suas reflexões quanto ao seu conhecimento, e assim desenvolver a sua práxis. Lidar com as novas linguagens e compreender as novas formas pedagógicas, é um desafio colocado para os educadores que entendem ser hoje, a tecnologia uma realidade que impregna a vida de todos, envolvendo novas concepções de ensino e aprendizagem e compartilhando experiências.

Consideramos, nesse sentido, assim como Scheibe (2007, p. 209), que: formação inicial quanto aos programas de formação continuada usar articuladamente tecnologias educacionais, não como substitutivos da modalidade presencial, mas como cooperativos, garantindo nesse processo a possibilidade criativa dos professores formadores com os conteúdos e materiais didáticos.

Através das oficinas o desenvolvimento da criatividade nos permitirá a melhoria da qualidade de ensino. Consiste em estabelecer propostas que contribuam para que o conhecimento seja socializado, da melhor forma possível, num processo de humanização. Precisamos, portanto, buscar uma formação continuada sólida, sistematizada e legalmente amparada para que possamos enfrentar velhos e novos paradigmas de que nossa intervenção na vida dos alunos será significativa à medida que os conduzirmos a um processo de emancipação e autonomia, dotando-os de todo conhecimento possível para que esse processo realmente se efetive.

 

Os tipos de modalidades formativas

Dentre as modalidades formativas que são as mais variadas possíveis, precisamos pensar em garantir que sejam de fato eficientes e que abranjam e favoreçam de forma plural, pensando que nem todos os indivíduos participantes possuem o mesmo conhecimento e a mesma habilidade para romper com a concepção de formação teórica. Ao pensarmos, as oficinas pedagógicas enquanto estratégia de aprendizagem para o professor em formação no qual amplia conhecimentos e leva a reflexão em sua concepção histórico crítica e social, entendemos que elas possibilitam a construção de conhecimento. Anastasiou; Alves 2015, p.96) entende:

 

A oficina se caracteriza como uma estratégia do fazer pedagógico onde o espaço de construção e reconstrução do conhecimento são as principais ênfases. É lugar de pensar, descobrir, reinventar, criar e recriar, favorecido pela forma horizontal na qual a relação humana se dá. Pode-se lançar mão de músicas, textos, observações diretas, vídeos, pesquisas de campo, experiências práticas, enfim vivenciar ideias, sentimentos, experiências, num movimento de reconstrução individual e coletiva.

 

Se tratando de oficina na área de formação continuada, as propostas devem ser enfatizadas no papel do professor como profissional e na prática pedagógica. Saber o que queremos, que tipo de aluno, que sociedade, que tipo de formação orientará nossas ações? É inegável que numa oficina ocorrem apropriação, construção e produção de conhecimentos teóricos e práticos, de forma ativa e reflexiva. Fatores estes, primordiais para a interação humana.

 

Os conteúdos da formação

Tendo em vista as possibilidades formativas das oficinas pedagógicas ressaltando a contribuição como uma forma essencial de aprimorar o conhecimento em relação à prática e o cotidiano escolar, envolvendo o sujeito e o contexto social, em diversos espaços educativos. Esta concepção teórica metodológica está presente no processo formativo de ensino e aprendizagem em diversas áreas do conhecimento convergindo para facilitar a construção do saber.

Segundo Freire (1983) a educação está separada da teoria: “Nossa educação não é teórica porque lhe falta esse gosto da comprovação, da invenção, da pesquisa. Ela é verbosa; Palavresca. É “sonora”. É “assistencializadora”. Não comunica. Faz comunicados, coisas diferentes.

Existe uma barreira entre a teoria e a prática nos processos formativos fundamentados em referenciais teóricos normativos, onde o professor e sua interpretação são relevantes para a execução de bons resultados. Portanto, o conhecimento docente deve ser moldado, construído e reconstruído, não por meio de conhecimentos, ideias, explicações ou teorias antigas e sim, o professor deve substituí-las por novas teorias, refinando ou criando novos modelos. Mediante as considerações a oficina pedagógica na prática educativa, consideramos a articulação de diferentes propostas metodológicas ao longo do desenvolvimento, que tem a função de ajudar a promover o aprendizado, através do envolvimento do professorado e sua própria formação. Os conteúdos a serem desenvolvidos nestas oficinas seriam: práticas e estratégias em sala, didática no ensino superior, reflexões sobre suas práticas pedagógicas e a complexidade entre a teoria e a prática.  A ação formativa constrói conexões que possibilitam em seu processo educativo o aprimoramento na resolução dos problemas como um caminho a enfrentar desafios intelectuais para melhorar o entendimento e o desenvolvimento. Faz-se necessário esse processo de constante prática, formação reflexão e teoria para que se construa um confronto de ideias, e trocas de experiências para que haja mudanças na ação docente.

 

A duração da ação da formativa

Os momentos de interação, pesquisa e aprendizagem fazem parte dessa oficina onde o professorado coloca seus anseios e faz as trocas de conhecimentos. A possibilidade de reflexões posteriores às oficinas pedagógicas, é enriquecedor e oportuniza momentos levantando discussões sobre diferentes aspectos observados no campo de atuação, nos fortalecendo quanto profissionais/formadores e embasando futuros professores que buscam constituir a partir desse conhecimento, aprendizados significativos quanto ao teórico e a prática. Essa oficina supera a dicotomia, portanto, há necessidade de desenvolver a oficina com o formato em quatro encontros, direcionando cada encontro um tema com duração de um dia com quatro horas semanais, com opções de interações e trocas de vivências, durante a formação, onde se faz necessário para o aprimoramento da prática pedagógica.



José Henrique Soares Ferreira 

Natural de Barbacena - MG - Formado em Matemática pela UNIPAC, Pós graduado em Matemática e estatística pela UFL e Pós graduado em Física pela UFV e Mestre em Educação com especialização em Gestão Escolar


Givanildo Pereira Moura

Natural de São Paulo - SP - Formado em Matemática pela UNICID e em Pedagogia pela FAMOSP, Mestre em Educação com especialização em Gestão Escolar pela FUNIBER


Janaina Guilherme da Silva

Natural de Joinville – SC – formada em Pedagogia pela ACE, pós graduada em Educação infantil e Séries iniciais pela UNIVILLE e Mestra em Educação com especialização em Gestão Escolar pela FUNIBER

 



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